sábado, 19 de março de 2011

O primeiro Vôo!



Amanhece, em um dia de fim de semana.
Meu coração palpitante estremece...
É chegada a hora de me provar ao mundo.
Indagados seres me esperam, ovacionados,
Por suas grandes obras, nostálgicas, em alegrias.
Apresento-me! Pois não? Narra-me seu nome...
Comprimentos... Mãos encolhidas, sujas!
Mãos limpas estendem-se, sem orgulho!
Rostos nojentos tiram-me com os olhos de ateus.
Faces perfeitas sorriam com a beleza dos anjos!
Uma Cor! Um Espinho! Um desespero! Uma Flor!
Acalma-se, Oh, alma dentro de mim... Um Anjo!
Um olhar surgiu-me na rua, tímido, recolhido.
Outros tão abertos, grandes, temidos...
Um anjo desce-me do céu, salvação dum Poeta!
Olha-me nos olhos, me acalma, me segue...
O desespero acaba por uns momentos, sobre a cor!
Já da flor, sinto o aroma mais perfeito, já visto!
O espinho perfura-me o cerne, este o mais temido!
Críticos, hipócritas, devoradores de sonhos...
Velhos nostálgicos! Donos do mundo!
Carlos, Vinicius, Quintana, Não! Velhos idolatrados,
Por seu próprio ser!... (Comedores de Almas!)
Cala-se o Poeta, tímido, sem som na fala...
Ao seu canto recolhe-se sobre a proteção do Anjo!
Por um instante envolve-me sob o seu mantéu...
É a primeira vez do pássaro fora do ninho.
Marca-se a experiência, agora sim, segura!
Completa suas asas, por voar ao mundo, em ferozes traças!
Da cor: Um agradecimento, um Beijo!
Do espinho: Uma cicatriz Eterna!
Do desespero: Um sofrimento Necessário!
Da flor: (...) Um coração Marcado!
Do Anjo: Faço completo silêncio...

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